Quando a classe média e os ricos resmungam por todos os
cantos da vida mansa dos pobres sustentados pelos planos sociais do governo (os
subsídios que fazem com que alguns de fato afastem-se do emprego formal e
desfrutem dos benefícios que recebem), é por rancor e inveja que o fazem.
Sentem-se traídos por essa gente rasteira que já não se submete mais à posição
de serviçais que lhes cabe.
A falta de mão de obra barata até pode ser, em alguns casos,
fruto das muitas 'bolsas' oferecidas
pelo governo federal mas, muito evidentemente, não porque essa mão de obra seja
preguiçosa, como gritam alguns dos meus amigos. O motivo óbvio e justo
fundamenta-se exatamente no fato de ela ser barata.
Dar a alguém o direito e a condição de não submeter-se à ser mão de obra barata não é populismo ou
fisiologismo. Aceitar e desfrutar desse direito não é vagabundagem.
O cidadão de classe média trabalha feito condenado e, em
troca, recebe uns tostões suficientes para sobreviver e consumir um mínimo
razoável de tecnologia e entretenimento. O cidadão que se enquadra no conceito
de mão de obra barata, trabalha como um condenado e recebe uns tostões
insuficientes para alimentar-se direito. Ou trabalhava. Agora lhe é oferecida a
condição para não submeter-se à essa pecha, até que se lhe ofereça um valor adequado para sua mão de obra.
Quem da classe média reclama que a vida "numtáfácil", uma solução simples: vire um miserável e vá viver das benesses das bolsas do governo!!! Isso ninguém quer, né?
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