2 de fevereiro de 2015

Subsídios, Rancor e Inveja



Quando a classe média e os ricos resmungam por todos os cantos da vida mansa dos pobres sustentados pelos planos sociais do governo (os subsídios que fazem com que alguns de fato afastem-se do emprego formal e desfrutem dos benefícios que recebem), é por rancor e inveja que o fazem. Sentem-se traídos por essa gente rasteira que já não se submete mais à posição de serviçais que lhes cabe.

A falta de mão de obra barata até pode ser, em alguns casos, fruto das muitas 'bolsas' oferecidas pelo governo federal mas, muito evidentemente, não porque essa mão de obra seja preguiçosa, como gritam alguns dos meus amigos. O motivo óbvio e justo fundamenta-se exatamente no fato de ela ser barata. Dar a alguém o direito e a condição de não submeter-se à ser mão de obra barata não é populismo ou fisiologismo. Aceitar e desfrutar desse direito não é vagabundagem.

O cidadão de classe média trabalha feito condenado e, em troca, recebe uns tostões suficientes para sobreviver e consumir um mínimo razoável de tecnologia e entretenimento. O cidadão que se enquadra no conceito de mão de obra barata, trabalha como um condenado e recebe uns tostões insuficientes para alimentar-se direito. Ou trabalhava. Agora lhe é oferecida a condição para não submeter-se à essa pecha, até que se lhe ofereça um valor adequado para sua mão de obra.

Um comentário:

  1. Quem da classe média reclama que a vida "numtáfácil", uma solução simples: vire um miserável e vá viver das benesses das bolsas do governo!!! Isso ninguém quer, né?

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