31 de março de 2011

Lágrimas

Gosto de riso solto, gargalhada e risinho discreto. Mas não sei se poderia viver sem lágrimas. Rir ilumina a alma, é certo, mas luz demais resseca. O choro umidece, amolece, cria o solo fértil de onde há de brotar o riso.

O que quero é ter a coragem de não fugir de choro nenhum. Nem meu, nem do meu irmão, nem do desconhecido que se avizinha.

Quero submeter-me ao batismo salgado das lágrimas que trazem consigo a semente do consolo.

2 comentários:

  1. Como me emociono fácil, aprendi a segurar o choro de tal modo que passei a não sentir mais a emoção que produzia lágrimas. Há pouco recuperei esta capacidade, graças talvez à idade... e não me arrependo. Chorar, sem exageros, claro, faz bem.

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  2. Anônimo7:00 PM

    Lindo isso-lindo mesmo///

    abraço Itala

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