Falávamos da figura do pastor, no debate organizado em Joinville sobre o livro "Igreja entre aspas". A questão era onde iria parar o pastor quando não houvesse estrutura e cargo e local e ordenação, conforme o livro parecia propor ser possível, talvez ideal. E surge de uma moça possivelmente solteira, talvez preocupada com seu futuro, a pergunta que lhe afligia a alma: "e quando alguém vai casar, quem faz a cerimônia?".
É incrível o ponto a que chegamos. Dependemos dessa figura misteriosa no mínimo para legitimar as cerimônias mais marcantes, aquelas que o catolicismo chama de sacramentos. Tudo bem não ser pastor para pregar domingo. É estranho, mas dá pra engolir. Mas e o casamento? E o batismo? E o funeral?
Se a pergunta tivesse sido hoje, eu responderia com outra: "quer chamar o Pastor Marcos Pereira pra fazer o casamento?". O cara é pastor ordenado. Estupra, manda matar desafetos e ganha uns trocados com tráfico de drogas, mas é ungido do Senhor, quem se levantará contra ele? Tem um número absurdo de gente saindo em defesa desse homem simplesmente pelo pressuposto que seu cargo religioso impõe. A função, a profissão, que há muito tempo não tem mais absolutamente nada a ver com dom, infere ao sujeito prerrogativas de santidade, de unção, de intocabilidade.
E os seus pares o defendem, o protegem ou se calam.
É claro que Marcos Pereira não é regra, apesar de ser assombroso o número de pastores envolvido em politicagens e bandidagens nos mais variados níveis. Esses são caso de polícia e, se tudo correr bem, serão desmascarados num efeito cascata. Ou não. Mas não é disso que falo aqui.
Me refiro aqui à aura que cerca a figura do pastor, mesmo nos ambientes religiosos mais saudáveis. E ao espírito mafioso de protecionismo corporativista que faz com que a imensa maioria dos mais bonzinhos se calem diante de absurdos. Desde os absurdos da bandidagem, até os absurdos sutis que tornam o 'rebanho' dependente do 'clero'.
Quem faz seu casamento, minha amiga? Pode ser seu pastor, se você for membra de uma igreja formal e assim você desejar. Caso contrário, que seja seu pai, seu irmão, sua tia, seu amigo mais chegado. Alguém que você respeite e admire. Peça para que ele fale algo, ponha as mãos sobre sua cabeça e de seu noivo, e carinhosamente abençoe suas vidas.
E faça o mesmo toda vez que sentir falta de um pastor.
O sacerdócio é universal.
É incrível o ponto a que chegamos. Dependemos dessa figura misteriosa no mínimo para legitimar as cerimônias mais marcantes, aquelas que o catolicismo chama de sacramentos. Tudo bem não ser pastor para pregar domingo. É estranho, mas dá pra engolir. Mas e o casamento? E o batismo? E o funeral?
Se a pergunta tivesse sido hoje, eu responderia com outra: "quer chamar o Pastor Marcos Pereira pra fazer o casamento?". O cara é pastor ordenado. Estupra, manda matar desafetos e ganha uns trocados com tráfico de drogas, mas é ungido do Senhor, quem se levantará contra ele? Tem um número absurdo de gente saindo em defesa desse homem simplesmente pelo pressuposto que seu cargo religioso impõe. A função, a profissão, que há muito tempo não tem mais absolutamente nada a ver com dom, infere ao sujeito prerrogativas de santidade, de unção, de intocabilidade.
E os seus pares o defendem, o protegem ou se calam.
É claro que Marcos Pereira não é regra, apesar de ser assombroso o número de pastores envolvido em politicagens e bandidagens nos mais variados níveis. Esses são caso de polícia e, se tudo correr bem, serão desmascarados num efeito cascata. Ou não. Mas não é disso que falo aqui.
Me refiro aqui à aura que cerca a figura do pastor, mesmo nos ambientes religiosos mais saudáveis. E ao espírito mafioso de protecionismo corporativista que faz com que a imensa maioria dos mais bonzinhos se calem diante de absurdos. Desde os absurdos da bandidagem, até os absurdos sutis que tornam o 'rebanho' dependente do 'clero'.
Quem faz seu casamento, minha amiga? Pode ser seu pastor, se você for membra de uma igreja formal e assim você desejar. Caso contrário, que seja seu pai, seu irmão, sua tia, seu amigo mais chegado. Alguém que você respeite e admire. Peça para que ele fale algo, ponha as mãos sobre sua cabeça e de seu noivo, e carinhosamente abençoe suas vidas.
E faça o mesmo toda vez que sentir falta de um pastor.
O sacerdócio é universal.
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