Era torta a linha que tracei.
Não sinuosa. Não oblíqua.
Torta mesmo. Disforme. Mas tracei.
E tracei forte e de uma vez só.
Sem ficar remendando e passando por cima duas, cinco, dez vezes.
Não. Sem aquela neurose de consertar linha que já foi traçada.
E foi à caneta, em papel jornal.
Estava convicto, estava confiante.
Não de que fosse a linha certa no lugar certo,
ou que conseguiria traçá-la reta;
mas de que chegara a hora de tentar.
Respirei fundo. Enchi o peito.
E risquei.
Arrisquei.
Mais uma entre tantas.
Todas tortas.
Porque penso reto, mas traço torto.
Veja também:
Nada de nada
Não sinuosa. Não oblíqua.
Torta mesmo. Disforme. Mas tracei.
E tracei forte e de uma vez só.
Sem ficar remendando e passando por cima duas, cinco, dez vezes.
Não. Sem aquela neurose de consertar linha que já foi traçada.
E foi à caneta, em papel jornal.
Estava convicto, estava confiante.
Não de que fosse a linha certa no lugar certo,
ou que conseguiria traçá-la reta;
mas de que chegara a hora de tentar.
Respirei fundo. Enchi o peito.
E risquei.
Arrisquei.
Mais uma entre tantas.
Todas tortas.
Porque penso reto, mas traço torto.
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Nada de nada
POESIA SEMPRE...
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