Na ponta da faca recostou-se o peito arfante
E o fio da lâmina fria encontrou o vão dos ossos
Traçando caminho preciso até o preciso ponto
Que encerra a dor onde abriga esperança e sonho
E cravou-se a lâmina fria
E esvaiu-se do peito arfante esperança e sonho
Mas não a dor
Senhora teimosa agarrada às cortinas d'alma
Madre arpoada ao corpo do filho que foi
Quem desprega essa dona da parede de carne?
Quem liberta o bebê de seus braços vis?
O tempo - sussurra a brisa -
Haverá de trazer de volta esperança e sonho
E afastar a dor
Lindo poema!
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