29 de março de 2007

Desintoxicação evangélica

Segundo Schaeffer, em Poluição e a Morte do Homem, as palavras possuem duas características básicas que usamos para interpretá-las – definição e conotação.

A conotação continua seu curso, não importa o que se faça com a definição. O homem moderno confunde e procura ignorar a definição das palavras religiosas, porém, de qualquer modo, gosta de tirar proveito da força de sua motivação e conotação.
É muito difícil nos dias de hoje falar sobre a boa-nova do Reino dentro de uma igreja porque os termos utilizados nos evangelhos e nas cartas estão imbuídos de nova e lastimável definição. As teologias modernas foram capazes de distorcer completamente palavras e conceitos ensinados por Jesus e seus primeiros discípulos, tirando, no entanto, grande proveito de sua conotação.

Textos como tudo posso naquele que me fortalece, recebereis poder, batizados com o espírito, faça prova de mim, maldição, bênção, santidade... todos têm em nossas igrejas uma conotação cristã, santa, bíblica, mas todos perderam absolutamente sua definição original.

Para que possamos entender o que está escrito, precisamos de um profundo trabalho de desintoxicação evangélica. Caso contrário, por mais que a conotação permaneça cristã aos ouvidos mais inocentes, a definição será cada vez mais pagã.

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