17 de junho de 2014

Meia-Corda | Du Bois

Quando eu começava a encarar minhas primeiras paredes de pedra, Du Bois já era uma figura emblemática nas montanhas paranaenses (e, certamente, em outros cantos do Brasil também). Em um fim de semana qualquer, enquanto escalava a Solanjaca com o também emblemático Ivan me dando segurança, Du Bois apareceu na base da via, ficou olhando de rabo de olho e comentou com o Ivan: 'esse menino leva jeito'. Pior que eu acreditei.

Oito anos depois fui ao Chile em uma viagem que de tão extraordinária acabou ficando fora do livro, e o Du Bois estava lá junto, compartilhando comigo as trilhas, rangos e vias. Foi lá que ninguém viu e jamais verá a mais improvável troca de passes que posso imaginar: eu, Du Bois e Alexandre jogando futebol debaixo de um pé de nectarina, no quintal de uma igrejinha batista no pé da cordilheira dos Andes. 

Du Bois, eu e Alexandre no Cajón del Maipo, Chile.
Fevereiro de 1997.


Agora, quase vinte anos depois, recebo de presente um comentário do velho amigo que engrandece a quarta capa do livro que já está em pré-venda, e com preço promocional.

Se o Du Bois recomenda, meu amigo, não perca mais tempo e adquira logo o seu.

Apesar da forma modesta como se apresenta este meu bem humorado amigo, Tuco Egg, que reencontro nestas histórias saborosas e divertidas, o leitor certamente terá prazer em saborear as páginas do seu livro. Poderá constatar que, sim, é possível viver aventuras significativas sem ser um super herói da montanha e, também, que é possível se sentir realizado apenas por fugir do lugar comum que nivela por baixo os anseios e perspectivas de vida das pessoas.

Tuco foge do comum, seja em improváveis voos de paraglider ou em escaladas cheias de trapalhadas, mas sempre interessantes, que ampliam nosso horizonte e que nos fazem pensar no sentido de estarmos vivos. Histórias que valem a pena serem lidas.

Edson Struminski (Du Bois), montanhista.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Parabéns pelo novo livro Tucco, mas discordo do título! Histórias carregadas de paixão pelo verdadeiro montanhismo nunca serão medíocres!
    Apesar de ter lido apenas a "amostra grátis" das primeiras páginas, com certeza fará parte da minha minúscula biblioteca caseira. Abraços!

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    1. Valeu Renato. O título não visa menosprezar as histórias, mas enaltecer o valor de tudo, declarar que toda história, quando contada, é incrível. É a redenção do cotidiano de cada um ;).
      Abração.

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