- Grande Cléverson. - Fala piá, beleza? - Tranquilo. - Me paga uma aí que tô liso. - De novo? - É a crise. - Traz mais uma, Nésio! ... - Quinta passa a tocha. - Sei. - Tô com umas piras aí, meu. - Hum. - Tem que apagar esse negócio. - A tocha? - Não, o Temer. - Eu apagava a Dilma. - Apagava logo os dois. - O Lula! - Tô falando sério. - Da tocha? - Passa na XV, debaixo da minha janela. - Mas não tem como acertar, é longe. - Tô treinando há um mês. Já acertei um tanto de gente. - Devia acertar os mendigos. - Miro nos coxinhas, que nem você. - O coxinha que paga a tua cerveja? - Não começa. - Você que começou. ... - Você tem que dar uma força no lance da tocha. - Tá falando sério? - Fiz uma tipo aquela. À gás. - Você fez uma? - Finalmente encontrei sentido naqueles 4 anos no Cefet. - O cara fez uma tocha à gás... - Alguém tem que passar pela quinze, de madrugada, segurando ela pra eu treinar. - Alguém tipo eu? - Tô contando contigo. - Ficar tomando banho de graça no meio da madrugada. - É pra apagar a tocha, cara. É épico. - Que ia ser bacana, ia. - Ia não. Vai. Até quinta a gente pega o jeito. - Mas tem que filmar. - É óbvio. Vou deixar uma GoPro em cima da banca. Ninguém vê. E filmo da janela também. Não tem erro. - Ia ser muito doido. - Colossal. - Homérico. - Sem dúvida. - Que horas? - Às duas. - Ôrra meu, vai ser épico. - Certeza. |
11 de julho de 2016
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