2 de outubro de 2007

Clube da Luta

Se alguém muito mau, de dentro de uma cadeia quisesse neutralizar seus inimigos, não seria brilhante se conseguisse confundí-los a ponto de ficarem correndo em círculos, socando o ar, gritando palavras de ordem para ninguém?

E, melhor ainda, se conseguisse incutir neles a sensação de estarem sob permanente ataque e perigo, de maneira que nunca conseguissem descansar? E que tal, para fechar com chave de ouro, se conseguisse fazê-los sentirem-se ora culpados pelos fracassos nessa luta imaginária ora extremamente orgulhosos pelos aparentes sucessos?


E se eles passassem a se reunir periodicamente para falar sobre suas lutas, sucessos e derrotas? E se começassem a escrever manuais e livros ensinando como dar golpes no ar ou bradar contra o vento? E ensinassem seus filhos, desde cedo, a caminharem sempre preocupados, com medo, vigiando o "perigo" que se esconde em cada esquina?

Imagine se, além disso tudo, eles passassem a levar essa luta imaginária tão a sério, que não tivessem mais tempo de socorrer os companheiros que de alguma maneira acabaram ferindo a si mesmos, nem os que necessitam de qualquer tipo de ajuda. Não tivessem tempo nem ao menos para perceber que seus ferimentos não são causados pelo inimigo, mas sim por seus prórprios esforços violentos em vencer alguém que não é mais ameaça simplesmente porque já foi, há muito, derrotado.

3 comentários:

  1. Deixa eu ver... humm...
    Ah, sim. Consegui imaginar.

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  2. Hummm... vc se refere ao Bush e a Al Qaeda?
    Pode ser, não é?

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  3. Gaby Fischef11:45 PM

    Tuco fiquei sem palavras, que reflexão heim?

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