Vi um velho sentado
Num sofá surrado
De um apê apertado
Olhando a garoa
Com a cabeça no passado
Coitado
Passado cheio de festa
Cheiro de rio na floresta
A moça dançando seresta
O gosto de um beijo
Lembrança doce e modesta
Atesta
Que o tempo não deixa nada
Que a vida é uma emboscada
Nos pega na encruzilhada
Deixa o peito doendo
Faz garoa virar chuvarada
Pesada
Mas mesmo no meio da dor
Da ausência de qualquer cor
Na chuva brota uma flor
De doce esperança
Pois ficará, quando tudo se for
O amor
Belo poema!
ResponderExcluirlindo poema , digno de uma mente privilegiado.
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