Está ficando cada vez mais óbvio nesse nosso mundinho do capital e consumo que crescimento não pode ser a balisa para supor a saúde de uma nação. Evidentemente isso só é levado à sério na periferia do poder. E só na pequena parcela da periferia que ainda se preocupa a pensar com os próprios botões. O centro ainda é absolutamente dependente desse conceitozinho nefasto - e por centro, tratamos aqui de todo sistema político-representativo e todo sistema de comunicação tradicional por um lado, e todos os grupo de concentração de capital por outro. A mídia, a politicada e as grandes empresas. Esses três elementos associados são o pacotão que promove economistas ao statutas que antes pertencia aos sacerdotes. São os novos oráculos que determinam o andar da carruagem.
Curioso é acompanhar os antigos sacerdotes nos seus (des)caminhos e, consequentemente, nos (des)caminhos de seus rebanhos, a massa que os segue, que os aceita como representantes de Deus na terra. Esses sacerdotes depostos do antigo posto de oráculos de uma nação, agora seguem os passos dos novos senhores da situação. Confusos no meio daquilo que o sistema do capital representa, pastores e suas igrejas passaram a acreditar piamente que o que rege agora todo nosso mundinho abestalhado deve certamente ser algum tipo de força cósmica superior que há de reger tudo mais, inclusive suas igrejas.
Os modelos de igrejas de sucesso são cópias exatas dos modelos das grande multinacionais. E o sonho, a motivação, os planos, os projetos de ambos também são os mesmos. É crescer, tornar-se grande, enorme, ir abocanhando a concorrência, abrindo franquias, controlando redes, hierarquisando, piramidando, controlando. O mundo econômico e o mundo eclesiástico andam hoje de mãos dadas, ambos esfomeados, insacialvelmente famintos, descontroladamente cavocando cada buraco de onde puderem tirar um pouco mais daquilo que lhes é mais sagrado. Aumentar o PIB. Cada um a seu modo.
Mas ainda tem sementes por aí, sendo levadas pelo vento aos mais improváveis lugares, e brotando, e brotando, e brotando. Flores de capim, que resistem ao fogo do cerrado e branqueiam o campo todo depois de cada queimação.
Talvez os proficionais de estatísticas sejam os culpados... Não tem um versículo que chama satanás de aferidor?!
ResponderExcluirÉ, talvez o mais correto hoje seja almejar tornar-se "capim"...
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