"O capitalismo trivializou a paixão, fez com que as pessoas se desiludissem em relação ao amor. Isso leva a pensar que as relações sexuais são algo que se compra no mercado só para levar a vida adiante. O capitalismo tenta dissuadir a criação de vínculos reais. E valoriza demais o prazer. E, para a psicanálise, o prazer é sempre um problema. Qualquer pessoa que te venda um prazer fácil está mentindo. Se o que queremos é prazer profundo, com troca entre pessoas, ele será difícil, cheio de conflitos."
"A cultura liberal oferece mais escolhas do que havia antes. Mas o capitalismo cria a ilusão de que temos muitas escolhas, quando na verdade temos muito poucas. A única escolha é ser feliz ou não. É isso que está sendo vendido como o único programa: quanto prazer você pode ter, quão feliz pode ser. Só que felicidade pode ser como uma droga, nunca satisfaz, você quer sempre mais. Há coisas muito mais importantes que a felicidade: justiça, generosidade, gentileza."
Não nos iludemos. Justiça, generosidade, gentileza e coisas do gênero estão também na prateleira do mercado. Para isso o terceiro setor (ONGs) está aí .
ResponderExcluirUma vez que uma alma pode ser comprada e vendida, nada mais escapa.
Se é pra gente se vender, Roger, que seja por justiça, generosidade e gentileza. Dos males, o menor.
ResponderExcluirÉ, Roger, caderno do Estadão afirma que trabalhar em ONG faz bem pra carreira profissional... pronto! Acabaram coma pureza de servir por servir. Agora, servir dá lucro! É o fim da picada.
ResponderExcluirQuanto à felicidade, Deus - em "Deus é brasileiro", filme do Cacá, baseado no lúcido Ubaldo Ribeiro - afirma: "a felicidade é superestimada". E não é?
Num tô dizendo...
ResponderExcluirSe alguém quer generosidade, que pague por ela! E quem não tem dinheiro que espere na fila.