18 de maio de 2009
Viagem [1]
Não é preciso ir tão longe como Madre Tereza. Uma viagem à casa do vizinho às vezes basta. Nos últimos anos tenho dedicado alguns miseráveis dias das minhas férias para viagens realmente dramáticas, onde tudo que borbulha como idéia e inquietação possa chegar ao ponto de arrancar lágrimas e ferir a alma, na esperança de que seja transformado, ainda que um pouquinho só. Ou, quem sabe, um pouquinho de cada vez.
Exemplos não faltam. Heinrich Harrer passou 7 anos no Tibet. O Peregrino abandonou sua vila. Frodo e Sam partiram do Condado. Bruce Waine deixou Gothan City para trás. Toda e qualquer história que vale a pena conhecer parte de uma ruptura do cotidiano, do ambiente conhecido, do lugar familiar, habitual. Parte de uma imersão, voluntária ou não, em algo que sufoque os limites da segurança.
A viagem, a ruptura, não precisa ser definitiva. O bom filho a casa torna mas, ao retornar, não será mais o mesmo que a deixou.
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A volta ao mundo começa com o primeiro passo. Mais importante que o destino é a decisão de ir. Sair do conforto do conhecido e "cair no mundo", nem que seja da porta ao lado, não é fácil. Eu mesmo ensaio há tempo sair do meu casulo confortável... preguiça, covardia, medo me mantém preso ao dia-a-dia improdutivo.
ResponderExcluir"...quem sabe, um pouquinho de cada vez."
Dá medo...
ResponderExcluirJá imergi em águas perigosas...foram tempos turbulentos e transbordantes; dei uma freada por motivo de saúde e por causa dos filhos.Mesmo não sendo nada confiável,sinto que meu coração vai acabar me traindo...se for por essa boa causa,que seja,mesmo que ainda demore um bocadinho.
ResponderExcluirP.S.Madre Tereza,eita mulher LINDA!!!Ela aquece o coração da gente...
Abs