O assunto da aula era o carnaval. A disciplina, Cultura Brasileira. A turma debatia sobre os efeitos benéficos e perniciosos da grande festa popular nacional na sociedade. Eu me lembrei daquele sambinha meio bossa do Tom e pensei quase sem querer numa paródia evangélica para a canção. Ficaria assim:
A felicidade do crente parece
A grande ilusão dominical
A gente trabalha a semana inteira
Por um momento de sonho
Pra viver a fantasia
De pastor, diácono ou obreira
E tudo se acabar segunda-feira
Olha só o próprio Tom cantando com a Banda Nova (voz de Danilo Caymmi) em Montreal, 1986 (obviamente a versão original, e não a minha):
A felicidade
Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei, ou de pirata, ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos de minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor...
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor
Tristeza não tem fimFelicidade sim...
É...
ResponderExcluirA "celebração dominical" é o carnaval gospel!
A paródia ficou um belezura.
Tem dias que a gente é crente
ResponderExcluirComo quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Fugindo do mundo de Deus
A gente tem voz evasiva
Andando pra lá e pra cá
Mas em vez de gostar da vida
Evitamos de vida falar
Roda mundo, roda igreja
Roda profana, roda, cristão
O tempo rodou num instante
Em voltas andamos, então
Abraços!
:-D
ResponderExcluirMuito bom Gustavo.