O deus que Nietsche matou, mato eu, e piso em cima.
Faço de Nietsche meu irmão, meu companheiro de jornada, de busca, de sede, de indignação, de inconformismo. Sigo de braços dados com Nietsche pelo caminho estreito, e curvo-me à beira desse caminho a esse outro deus, desconhecido, meu semelhante, que segue mais vivo do que nunca.
Oração ao Deus desconhecido
Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para a frente, uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti de quem eu fujo. A Ti das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar. Sobre esses altares estão gravadas em fogo palavras: "Ao Deus desconhecido". Teu, sou eu, embora até o presente tenho me associado aos sagrilégios. Teu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo. Mesmo querendo fugir, sintos-me forçado a servir-Te. Eu quero Te conhecer, desconhecido. Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida. Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero te conhecer, quero servir só a Ti.
Friedrich Nietsche.
Cuidado, carinha. Primeiro você desmonta a igreja, depois mata deus.
ResponderExcluirAssim ainda vão te chamar de ateu...
perdão, mas como chamam a pessoa tem alguma relevância?
ExcluirO Deus desconhecido entra em vidas quando essas se vêm, se questionam e concordam que, sozinha, não poderão fazer suas vidas completas. O Deus desconhecido é revelado por um homem que, sem beleza nem formosura, é um porto seguro numa terra de areias movediças. Jesus é o Deus desconhecido que Paulo nos revela.
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