10 de janeiro de 2013

Assombrosamente singular

Deuses das religiões de mistério já haviam encarnado. Deuses antigos já haviam morrido por seu povo e alguns ressurgiram da morte como fênix, antes de Jesus entrar na história (e os sites apologéticos dessa nova potência religiosa, o ateismo, tem informações curiosíssimas sobre o assunto).

Mas há algo de assombrosamente singular em uma cena da vida do homem-Deus judeu do primeiro século. Algo que por pouco não passa despercebido, tendo sido registrado somente no último dos quatro evangelhos. A celebração da última ceia ganhou fama e correu o mundo, mas quem grita e clama por atenção nas páginas esquecidas do volume literário mais vendido do planeta é a absurda história que a precede. O Deus encarnado, o criador, aquele que era, é e há de vir, o alfa e o ômega, o santo, o ungido, o cristo, o cara!, de joelhos, lavando os pés de Judas. O cristianismo histórico, de forma emblemática, parece muito mais interessado em malhar Judas que lavar-lhe os pés.

Suspeito que uma reviravolta incrível espera ansiosa pelo dia em que os seguidores do rabi judeu abandonarem paus e pedras e ajoelharem-se diante de seus detratores.

Um comentário:

  1. Meu, isso é um absurdo! Eu, euzinho, lavando os pés de quem me quer mal? E de joelhos? Ah, não! Aí já é pedir demais, né não? Não dá pra ficar com o dízimo e o blá,blá blá do "Cristo Salva"??? É tão facinho...

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