Rastros
Desde o início dos relatos bíblicos a narrativa nos mostra um Deus pronto a desfazer, desmontar, derrubar e começar de novo. Ele constrói um jardim e em seguida o abandona. Cria o mundo e o destrói no dilúvio. Vai até Abraão e o manda abandonar sua história e família em busca de algo novo. Depois retira o neto de Abraão do local onde Ele mesmo colocou seu avô e o leva ao Egito para em seguida, como que numa brincadeira sem graça, retirar o povo todo que cresceu no Egito para levá-lo de volta à terra do patriarca.
Como numa jogada sem pé nem cabeça, o Criador desfaz o que fez para depois refazer tudo - como a criança que desmonta o brinquedo todo só para poder montá-lo novamente. Nesse jogo de humor pouquíssimo sensato, Deus revela seu Espírito desapegado. O que importa, é a sensação que tenho, nunca é o que já foi feito, mas o que se poderá fazer em seguida.
Não é, como pode parecer superficialmente, um desapego irresponsável. Pelo contrário, é um desapego que demonstra que a única coisa realmente responsável a fazer é seguir sem deixar rastros. Olhar para trás é potencialmente um risco de nos cristalizarmos em estátuas de sal.
Desapego:
1. Liberdade e cruz
2. Rastros
3. Nuvem
4. Teimosia
5. Esterco
Minha filha, aos dois anos de idade, adorava montar e desmontar seus brinquedinhos...
ResponderExcluirO importante é o que se pode fazer em seguida. Taí uma lição vital.
Tá aí uma resposta satisfatória à pergunta de Vinícius e Toquinho em Contidiano dois: se foi pra desfazer por que é que fez?
ResponderExcluirPra fazer de novo ora bolas!?
Boa!
ResponderExcluiristo é um ensinamento bom para os nossos dias...valew
Suênio
Blog - Fora da Zona de Conforto!
http://foradazonadeconforto.blogspot.com
Todo dia penso que Deus faz isso comigo.. essa "coisa" de montar e desmontar, quebrar e refazer de novo.. ainda bem!
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