Interessante é tentar imaginar aquele esfarrapado rabi judeu no meio daquele opulento festival de vaidades, entre bispos e apóstolos, conduzindo uma multidão pelas ruas de São Paulo. Ainda me dói ver essa palhaçada sendo promovida no nome dele.
Mas não há nada que possa ser feito a não ser aproveitar o sarcasmo da Providência que fez a Marcha ser oficialmente agendada justo no dia de Finados. No dia 2 de novembro, vamos deixar os mortos sepultar os mortos e sair por aí procurando Jesus nos bancos das praças, no quintal do vizinho, nos abrigos dos atingidos pela enchente ou no leito frio de um quarto de hospital.
Quem sabe um dia, andando entre becos, a gente o encontre e ele nos receba como amigos.
"Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram." Mateus 25.35, 36.
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