Poemas me surgem como soluços. Vem assim, sem aviso, sem motivo, no meio da tarde, ninguém sabe porquê, e não se sabe o que fazer com eles. Quase sempre de rimas pobres, já me disseram infantis, como esses que estão espalhados pelo blog. Cuido de anotar alguns, mas a maioria nem anoto e se perde como as idéias.
Não tenho amigo de escrita, desses a quem se pode mostrar um poema, e que vai lê-lo com gosto, mesmo que no fim aperte a cara e diga, com a boca enviesada - não gostei. E diga os porquês. Portanto, não tenho como aferir um poema e, de tudo que escrevo, é sem dúvida o poema que mais me causa estranheza. Não sei se sorrio de satisfação ou lamento de pena quando escrevo um. É certamente por isso que a maioria nem anoto e, entre os que anoto, a maioria nem publico aqui.
Achei por bem escrever essa defesa, como que para livrar-me de mim, desse outro eu metido a poeta e que sofre de soluço, caso alguém pense, lendo um poema desse impostor - esse é o mesmo cara que escreveu aquele conto? Não que eu ache os contos e crônicas sensacionais, mas não os temo como temo os poemas.
Ainda estou pra descobrir se escrever soluços é um ato de coragem ou estupidez.
Então, soluce, ué!
ResponderExcluirPoxa, Tuco... só hoje vi seu comentário no Caderno "A trilha" lá no "fingido"... desculpa, eu nao havia ligado notificacao nenhuma e perdeu-se no tempo! mas passo pra dizer thanks pela visita, antes tarde que sem clichê. Siga soluçando... valeu!
ResponderExcluirde soluços fez-se o choro...
ResponderExcluire o choro é droga da boa!
siga soluçando ó corajoso poeta!
Paz aae...