23 de janeiro de 2007

Missão Caiuá - coragem

DA SÉRIE CAIUÁS
Quarta

Tudo tranqüilo com as crianças do Cerro. Cada dia mais animadas, sorridentes e participantes. O lanche de hoje foi um enorme e delicioso pedaço de bolo de chocolate pra cada um. Fizemos um teatrinho muito legal sobre o “ladrão da alegria”. E as brincadeiras foram um sucesso. No final da manhã, distribuímos brinquedos pra todas as crianças. A alegria deles era contagiante. Os brinquedos transformaram o fim da manhã numa grande festa!



Passei a tarde com a Sandra, preparando a palestra da noite, sobre álcool. No final da tarde aconteceu, religiosamente, o futebolzinho. O pessoal continua alvorossado por causa do assassinato da índia. Uma boa parte deles quer mesmo organizar um protesto.

Nessa noite os índios compareceram em bom número. A igreja estava quase cheia. A Sandra falou sobre o álcool e seus efeitos, e usou uma série de exemplos e situações reais da aldeia, que investigamos durante a tarde numa conversa rápida com o Gervásio, missionário ali já há 4 anos. A contextualização foi muito bacana. Houve um teatrinho curto, mostrando os efeitos do álcool, e um testemunho da Astrid. Depois, falei novamente sobre “decisão”, como no domingo, e convidei o pessoal a assumir um compromisso ali, de dizer não ao cigarro, drogas e álcool.

***

Durante essa semana, ouvimos falar muito sobre álcool, cigarro e drogas, e o mal que eles nos fazem. Tenho certeza que todos aqui sabemos qual a escolha certa. Sabemos o que é certo e errado, bom e mau, porã e ivaí. O problema é que mesmo sabendo, muitas vezes fazemos a escolha errada. Somos influenciados por amigos, alegrias e tristesas. E tomamos a decisão errada.

Tomar decisões não é fácil. Por isso precisamos de Jesus. Ele nos ajuda e nos dá forças para tomar a decisão correta.

“De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor. Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Fp 2.12, 13.

Deus é que opera em nós tanto o querer quanto o realizar! NEle podemos querer a coisa certa e ter força para fazer o que é certo.

Quando Deus decidiu abandonar sua glória, poder e grandeza, para habitar um corpo humano como o nosso, ele mostrou o tamanho do valor que ele dá pro nosso corpo! Ele não está interessado somente na nossa alma, mas também em nosso corpo, nossa saúde.

Se você hoje tomou uma decisão, lute para se manter fiel, como fez Daniel. Tenha coragem de dizer NÃO sempre que for preciso.

Nhandejara ta pe nderovassá.

***

Tinha gente ali de todas as idades. Enfatizei ainda o fato de que, na vida, pra tomarmos a decisão certa nos momentos sensíveis, precisamos de coragem. Lembrei da canção do Jorge Camargo.

Tempo de buscar a luz do novo
Tempo de fazer o diferente
Tempo de não ser a voz do povo
Ser ousado livre e coerente

Essa é a hora da mudança
Repensar as nossas atitudes
Refazer no amor a esperança
Reviver a velha juventude

Coragem, a vida não é um mar de rosas
Coragem, persistir é o que importa
Coragem, pra derrubar a própria porta
Coragem, coragem.
(Jorge Camargo)


Espero que a palavra fique no coração deles, crie raízes profundas e os livre dos sofrimentos e prisões desses vícios. Ao menos alguns.

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Veja também:

MISSÃO CAIUÁ

1.
Chegada
2. Campo (de futebol) missionário
3. Olhares desconfiados
4. A palestra de domingo
5. Finalmente, janela aberta
6. Uma índia assassinada
7. Coragem
8. Uns semeiam, outros regam...
9. Velório, protesto e Eric Clapton
10. Gincana, oficina, esporte e muita história
11. Gratidão
12. Alegria e lágrimas
13. Brasil, emaña yvate

22 de janeiro de 2007

Missão Caiuá - uma índia assassinada

DA SÉRIE CAIUÁS
Terça

A segunda manhã no Cerro foi mais tranqüila. O grupo estava um pouco menor e menos desconfiado; nós já não éramos completamente estranhos. Fizemos alguns jogos com balões de água e dava gosto de ver a alegria da criançada. Novamente a euforia maior ficou por conta do lanche. Na volta, 2 crianças na estrada tinham o rosto completamente pintado de vermelho.



Soubemos mais tarde que naquela noite uma índia havia sido morta por um fazendeiro, e alguns na aldeia estavam pensando em se preparar para uma guerra. Aquelas crianças estavam pintadas pra luta. Atualmente a principal forma de “guerra” deles é através de protestos, fechando a rodovia que corta a aldeia. Esperamos que fique tudo em paz.

Visitamos o Cerro novamente à tarde. Levamos bíblias e folhetos na língua Caiuá e conversamos com várias famílias. O comportamento deles é muito interessante. Devem nos ver como gente escandalosa e barulhenta. Eles conversam baixo, devagar, com longas pausas para olhar à volta e fazer algum comentário sobre o tempo, ou algum conhecido.

A palestra da noite foi sobre drogas. A chuva no fim da tarde (que nos deixou ensopados no Cerro), e os problemas com a índia assassinada, afugentaram o pessoal. Mas compareceu um bom grupo e tudo correu bem. O assassinato foi notícia na imprensa nacional, e a história que contam aqui não é a mesma que contam lá.

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Veja também:

MISSÃO CAIUÁ

1.
Chegada
2. Campo (de futebol) missionário
3. Olhares desconfiados
4. A palestra de domingo
5. Finalmente, janela aberta
6. Uma índia assassinada
7. Coragem
8. Uns semeiam, outros regam...
9. Velório, protesto e Eric Clapton
10. Gincana, oficina, esporte e muita história
11. Gratidão
12. Alegria e lágrimas
13. Brasil, emaña yvate

21 de janeiro de 2007

Missão Caiuá - finalmente, janela aberta

DA SÉRIE CAIUÁS
Segunda

A programação na escola do Cerro começava às 8h. As crianças foram chegando aos poucos, meio desconfiadas. Sentavam nos cantos da sala, encostados na parede, mantendo uma distância segura dos caraís. Até às 9h, já tínhamos mais de 60 crianças. Creio que a hora mais esperada era o lanche. Algumas bolachas e água arrancaram sorrisos enormes dos rostos antes tão retraídos. No final, depois de histórias, músicas e brincadeiras, fizemos uma grande cruz no chão, de papel kraft, onde cada um pode deixar sua marca com tinta guache, usando os dedos. Eles começavam a se soltar um pouco.



Passei a tarde na missão, escrevendo, lendo e matutando um pouco, no conforto de minha velha rede, companheira de muitas aventuras.

No fim da tarde, caiu um toró de dar gosto. O futebol com os índios foi num banhado. Mais um exemplo de diversão para caraís aficcionados por placar, competição e vitória.

A primeira das 4 palestras da noite sob o tema “decisões”, foi sobre o fumo. As outras 3 seriam drogas, álcool e Jesus. O índice de viciados entre eles é assustador e atinge homens, mulheres e crianças. O alto índice de violência, brigas, assassinatos, suicídios e problemas familiares dentro da aldeia está, evidentemente, diretamente relacionado a esses vícios.

O mosquiteiro da janela do quarto só ficou pronto hoje, graças à engenhosidade do companheiro Toninho. A noite será bem mais agradável com a janela aberta.

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Veja também:

MISSÃO CAIUÁ

1.
Chegada
2. Campo (de futebol) missionário
3. Olhares desconfiados
4. A palestra de domingo
5. Finalmente, janela aberta
6. Uma índia assassinada
7. Coragem
8. Uns semeiam, outros regam...
9. Velório, protesto e Eric Clapton
10. Gincana, oficina, esporte e muita história
11. Gratidão
12. Alegria e lágrimas
13. Brasil, emaña yvate

20 de janeiro de 2007

Missão Caiuá - a palestra de domingo

DA SÉRIE CAIUÁS
Daniel 1

Deus é um contador de histórias. Ele se interessa pela história de cada um de nós. Por isso a bíblia é um livro narrativo, que conta histórias de gentes que erram, acertam, vivem, se alegram, se entristecem, sofrem e morrem. A bíblia é um livro de histórias. E uma dessas histórias conta a vida de um jovem chamado Daniel.

Quem não conhece a história, tire aquele livro preto empoeirado da gaveta e leia o livro de Daniel, capítulos 1 até 6.

Esse homem (e seus amigos) tomou algumas decisões importantes na vida, e teve a coragem de assumir as conseqüências de cada uma delas (Dn 1.8 – 3.28 – 6.10). No final de sua vida, a consequência de suas decisões está no espantoso decreto do rei pagão Dario (6.25-28).

A primeira grande decisão de Daniel norteou toda sua vida (1.8). Toda sua história foi resultado daquela decisão. Mas não foi a única vez em que ele se encontrou diante de uma bifurcação na estrada. Isso acontece com frequência. Uma decisão só não basta pra garantir nossa chegada ao objetivo final. Estamos sempre diante de fatos que nos pedem uma decisão. E a escolha certa normalmente não é a da maioria. Amigos, alegrias, tristesas, nos influenciam nos momentos mais difíceis. Essa semana falamos a respeito de “decisões”. Para escolher o caminho certo, precisamos conhecer esse caminho. Jesus diz “eu sou o caminho a verdade e a vida”. Se queremos tomar decisões corretas, temos que seguir os passos de Jesus. Ele é nosso modelo.

Daniel tomou uma decisão no início de sua vida, mas permaneceu fiel a ela até o fim. Que cada um de nós consiga fazer o mesmo, pela graça de Deus.

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Veja também:

MISSÃO CAIUÁ

1.
Chegada
2. Campo (de futebol) missionário
3. Olhares desconfiados
4. A palestra de domingo
5. Finalmente, janela aberta
6. Uma índia assassinada
7. Coragem
8. Uns semeiam, outros regam...
9. Velório, protesto e Eric Clapton
10. Gincana, oficina, esporte e muita história
11. Gratidão
12. Alegria e lágrimas
13. Brasil, emaña yvate

Missão Caiuá - olhares desconfiados

DA SÉRIE CAIUÁS
Domingo

O culto na Missão é 8h30. Perto das 8h começam a chegar os índios, caminhando, cada um por uma trilha e diferente. Eles chegam em grupos, famílias, calmamente, em silêncio, a maioria à pé, mas alguns aparecem de bicicleta. Bae-chapã é o cumprimento de todos, ao que se responde, porã. A pronúncia é bem nasal, e o “ã” parece um cruzamento de acento agudo com til.

O culto foi tocante. As músicas, o local, o comportamento dos membros, tudo repleto de uma simplicidade cativante. No final, o testemunho do nosso tradutor, o índio Jonas, me amoleceu o coração. Ele é vice-capitão (cacique) na aldeia, mas decidiu abandonar a capitania se preciso, para se dedicar ao serviço e pregação do Evangelho. A decisão foi impulsionada pela palavra que ele mesmo traduziu, sobre as decisões de Daniel.

À tarde saímos para a região do Cerro. Enquanto caminhávamos pela aldeia, parávamos em algumas casas aqui e ali, para convidar os moradores para as atividades da semana, que faríamos ali mesmo, na escola do Cerro, para crianças. Histórias, músicas, brincadeiras e o indispensável lanche.

- Mba’e chapã.
- Porã.

Era assim em cada casa. Um pouco de conversa, olhares desconfiados. Depois de um papo econômico, com pouquíssimas palavras, fazíamos o convite, explicando o que aconteceria na escola, durante toda semana. Nossos tradutores eram o Vicente e a Franciele. O ambiente é terrível. Não há nenhum tipo de conforto ou limpeza. Absolutamente diferente de tudo que estamos acostumados. A água disponível é racionada e o calor estafante. Senta-se no chão ou em bancos de madeira. O interios das casas é de chão batido e dorme-se por ali mesmo, em esteiras de bambu. Toda família num único cômodo. Convivem juntos gente, cachorros, gatos, galinhas. Bebês no chão, todos sujos de terra.

Uma das famílias estava completamente embriagada, com exceção de 2 crianças pequenas (cerca de 6 anos), que serviam a cachaça aos pais. A mãe amamentava enquanto bebia, completamente fora de si. Outra casa nos recebeu bem, convidou-nos a sentar e começamos a jogar conversa fora. Durante o papo, uma menininha com cerca de 6 anos servia tererê aos pais e irmão mais velho, carregando pra lá e pra cá uma garrafa térmica de 5 litros. O pai nos contou que a menina não era sua filha, mas ele a havia pego pra criar porque a mão morreu e o pai queria joga-la fora, deixa-la morrer sozinha no mato. Isso é comum entre eles. Enquanto ele falava, a menina me serviu uma cuia de tererê. Foi um momento emocionante, porque isso era um sinal de respeito e aceitação.


Das 11 casas que visitamos, fomos convidados para sentar em umas 4 ou 5. Todos ouviram o convite, mas é difícil dizer o que passou pela cabeça deles. Não esboçam nenhuma reação reconhecível para nós, caraís. Vejamos amanhã como estará a escolinha do Cerro.

Retornamos à tardinha e passamos o resto do dia preparando as coisas para a segunda feira.
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19 de janeiro de 2007

Missão Caiuá - campo (de futebol) missionário

DA SÉRIE CAIUÁS
Sábado

Acoramos às 7h30. Depois do café, nos separamos para trabalhar em algumas benfeitoria no local. Pintar, consertar, comprar mantimentos, ferramentas, acessórios para os quartos e banheiros. Vamos colocar mosquiteiros nas janelas. As noites ficarão mais agradáveis. Entre uma tarefa e outra, intervalos pra uma roda de tererê e bate-papo com o Zebedeu.

***

Fim de tarde sempre tem um futebol com os índios. Homem, mulher, criança, todos juntos num jogo pacífico e divertido. Perder um gol é motivo pra risada e não discussão. Antes de anoitecer eles vão pra casa, por causa dos perigos da região – animais selvagens? Não! O grande perigo aqui é a violência causada por álcool e drogas entre os índios.




À noite comemos uma deliciosa lingüiça sob o céu estrelado.

Na manhã seguinte eu seria o responsável pela palavra no culto. O assunto indicado pelo Evaldo era a história de Daniel. A Sandra me mostrou o texto de 1 Corintios 2. Interessante ler isso antes de preparar a palavra.

E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre nós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder. Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. 1Co2

E o poder de Deus, sabemos bem, se aperfeiçoa na fraqueza, e se demonstra em atos de amor e misericórdia com o próximo. Miserável homem que sou, que não tenho nada em mim para oferecer. Creio que o fundamento da nossa salvação é o clamor do publicano – Senhor, tem misericórdia de mim, porque sou pecador. Enquanto preparava a palavra pro domingo, me senti assim. Chorei e orei como o publicano, porque não tinha mais nada a dizer. Graças a Deus pela graça de Deus.

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12. Alegria e lágrimas
13. Brasil, emaña yvate

18 de janeiro de 2007

Missão Caiuá - chegada


Férias de verão, em 2007. Foram 10 dias na tribo indígena Caiuá de Taquaperi, Mato Grosso do Sul. Nas próximas postagens, um breve relato do nosso dia-a-dia lá.

DA SÉRIE CAIUÁS
De sexta pra sábado

A viajem foi tranquila. Em Cascavel encontramos outros de lá mesmo, Fraiburgo e Campo Mourão. Todos com o mesmo destino – Aldeia Caiuá Taquaperi, em Amambai, Mato Grosso do Sul. Passaríamos 10 dias juntos, repartindo nossas vidas com a dos índios.

Entre uma soneca e algumas páginas de um livro, despistei as tediosas 18 horas de viagem.

De Guaira em diante permaneci atento à paisagem. Aliás, uma bela cidade, com a cativante grandeza do rio Paraná. Na travessia de 4 km sobre o grandiosos rio, lembrei do Sandro Cescatto. Natural de Guairá, foi certamente figura muito mais marcante na minha vida do que eu na dele. Conheci-o em Curitiba, num “grupo de discipulado”. Conheci-o antes, mas foi nessa época que ele se tornou parte de minha história. Em parte, creio que ele o saiba. Não o vejo há anos, mas a vida é assim – encontros e desencontros.

“Saudade de rever amigos
Os gestos de sempre a risada em comum
Contando as histórias e o casos antigos
As músicas novas sem prosa nem verso nenhum...”
(Joyce)

Do outro lado da ponte, Mato Grosso do Sul. Interessante como sol e chuva se alternam no caminho. Nas margens das retas infinitas das estradas mato-grossences, observei vários assentamentos de sem-terra.

A planície joga o horizonte longe. Muita soja e gado, alguns funestamente mortos, com as pernas pra cima, como nos desenhos animados.

A Sandra tomou um dramin e hibernou. Israel e Sara acreditam que Amambaí fica nos EUA e não param de falar em inglês. Mais umas duas horas e chegamos lá.

***

A chegada à Aldeia foi empolgante. Local amplo, bem cuidado, aconchegante, sem luxo nenhum, mas com muito capricho. Tínhamos mais do que o esperado – água quente, luz, brisa e poucos mosquitos. Mais algumas pessoas já nos aguardavam lá. O grupo todo contava com 21 pessoas.

Na entrada da Missão, um campo de futebol à esquerda e as salas de uma escola indígena à direita. À frente o antigo salão da igreja, agora depósito, e a casa dos missionários, Gervásio e Eulália. Mais atrás, o novo salão da igreja, ainda em construção, que abriga junto os dormitórios onde ficamos. Do lado do salão, uma agradável choupana com cobertura de palha, onde tomaríamos muito tererê, e conversaríamos muito, e a casa do índio Zebedeu e sua família, que trabalha na Missão. Nos fundos do terreno, a cozinha e refeitório. Entre um lugar e outro, bosques e canteiros de flores.

Comecei a conhecer o pessoal, principalmente o Zebedeu e seu filhinho de 6 anos, Eliéser. Um figura.

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Veja também:

MISSÃO CAIUÁ

1.
Chegada
2. Campo (de futebol) missionário
3. Olhares desconfiados
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5. Finalmente, janela aberta
6. Uma índia assassinada
7. Coragem
8. Uns semeiam, outros regam...
9. Velório, protesto e Eric Clapton
10. Gincana, oficina, esporte e muita história
11. Gratidão
12. Alegria e lágrimas
13. Brasil, emaña yvate